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Migração para a nuvem: um processo que vai além da tecnologia

Para que a implementação seja bem-sucedida, é preciso considerar planejamento, estratégia e cultura corporativa

A computação em nuvem ganhou popularidade nos últimos anos e se tornou ferramenta essencial para que muitas empresas pudessem continuar sua operação no distanciamento exigido pela pandemia. 

Quando uma organização começa a avaliar a possibilidade de migrar para nuvem ou decide, de fato, implementar essa estratégia essencial para a sua transformação digital, há uma tendência de que considere apenas aspectos como a localização física de servidores, aplicações e dados. Mas, para que uma transição bem-sucedida ocorra, é preciso levar em consideração questões importantes como planejamento, estratégia e, claro, cultura corporativa. 


A empresa precisa passar por uma significativa mudança de mentalidade para se beneficiar da escala, eficiência e do engajamento colaborativo que a computação em nuvem proporciona. Para que tudo isso seja possível, ela deve ter um objetivo claro e saber onde quer chegar com a migração. 

Não basta olhar para a nuvem apenas como uma ferramenta para diminuir os custos do negócio. Se você espera ter uma evolução digital efetiva, automatizar e otimizar processos, é preciso incluir os colaboradores e entender que eles são parte fundamental da transição. 


Um estudo realizado pela IDC mostra que 49% das empresas não têm uma abordagem clara de modernização das aplicações e que pelo menos 22% pensa em levar seus sistemas da forma que estão para a nuvem. Para que o seu negócio não faça parte desse índice de organizações que fará a migração sem aproveitar os benefícios da nuvem, continue a leitura.

A transformação digital exige integração 

A transição para a nuvem pode ser uma ótima oportunidade de fortalecer a mentalidade DevOps na sua empresa – Dev (desenvolvimento) e Ops (operações), o composto permite a união de funções anteriormente isoladas para reduzir o tempo de criação de um sistema, enquanto se produz um software de altíssima qualidade que é extremamente confiável. 

Nesse processo, seu negócio pode utilizar os princípios da metodologia de desenvolvimento de software Agile, com fases curtas e dinâmicas de desenvolvimento e levando em consideração o ciclo infinito de planejamento, com construção, implantação, operação e monitoramento. 

E por falar em ciclos infinitos, é importante que você saiba que a jornada de migração para a nuvem não tem um começo e um fim previamente determinados. Afinal, mais do que um procedimento tecnológico, essa é uma cultura em implementação na empresa, que busca aumentar os níveis de colaboração e integração usando os recursos da cloud como o condutor dessa mudança. 

Trata-se de um desafio que também envolve o lado humano para encontrar, por meio da tecnologia, as melhores ferramentas e técnicas para que todos os envolvidos no projeto de desenvolvimento possam criar produtos digitais que tragam transformação e planos concretos de modernização.

Vale lembrar que, normalmente, migrações frustradas para a nuvem começam de forma isolada, incentivados por membros da diretoria ou com uma posição alta na empresa, sem que um plano de negócios detalhado seja definido ou haja qualquer experiência prévia no cloud. Além disso, se a equipe como um todo não estiver a par dos impactos da modernização e da migração, além de ter conhecimentos técnicos para participar da sua efetivação da maneira correta, fica muito difícil obter sucesso. 

A cultura é uma etapa primordial da migração para a nuvem 


Ter um Plano de Migração para a Nuvem bem estruturado, desenvolvido a partir de uma avaliação completa da empresa, que envolve suas aplicações atuais, a viabilidade da transição e casos de uso, é extremamente importante para ter um procedimento bem-sucedido.

Nesse escopo, aspectos relevantes da migração devem ser considerados, como a documentação disponível, como se dará o envelhecimento dos códigos e a classificação dos dados, dependências de cargas de trabalho, redes, monitoramento e segurança e a necessidade de dividi-los em buckets (um contêiner de objetos) com condutas de migração diferentes, como lift and shift, replataforma, refatoração e outros. 


Apenas quando a análise de todos esses critérios estiver feita e bem estruturada dentro de um Plano, com explicações que justifiquem a necessidade da migração, os tomadores de decisão de uma empresa devem autorizar a sua implementação. 

Afinal, seguir esse passo a passo e considerar cada etapa da migração ajuda a esclarecer para a empresa, seus colaboradores e até clientes quais são os benefícios que o negócio terá a partir dessa mudança e quais serão os impactos para todos os envolvidos. Nesse momento, inclusive, já é possível decidir sobre os investimentos para o fornecimento de serviços de nuvem. 


Mas os critérios para uma migração de sucesso não acabam por aí. A empresa deve estruturar um plano para adotar a nuvem em etapas, relatando cada passo responsável por garantir o sucesso da transição. A recomendação é que a organização comece com uma migração piloto, que entrega resultados rápidos repletos de lições aprendidas que podem indicar escolhas mais inteligentes, enquanto nos dão clareza sobre aspectos culturais que são fatores críticos e fundamentais para uma transformação sustentável.

Por fim, é preciso que toda empresa compreenda que migrar para a nuvem é um processo muito mais complexo do que a implementação de uma tecnologia. Devemos considerar sua infraestrutura, quais são as aplicações utilizadas e suas características, além das particularidades do seu negócio, para conseguir extrair o melhor das arquiteturas híbridas e multicloud.


Defina uma estratégia e opte pela entrega de um MVP (Produto Minimamente Viável) em uma migração piloto utilizada por uma equipe reduzida, formada por colaboradores que podem guiar esse projeto para o restante da empresa. Nessa transição, forneça metas para que os departamentos desenvolvam novas habilidades, se tornem mais produtivos e trabalhem de forma integrada e colaborativa para que a migração para a cloud agregue valor ao negócio. 

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