Entenda porque o país é tão propenso a receber ataques cibernéticos, os alvos mais comuns e como se proteger
Você sabia que, no ranking dos países que mais recebem ataques cibernéticos em dispositivos conectados à internet, o Brasil ocupa o terceiro lugar? Infelizmente, essa não é uma posição para se orgulhar e os recentes vazamentos de dados noticiados no país evidenciam a gravidade do problema.
Em janeiro, a PSafe reportou o vazamento de um banco com dados de 223 milhões de brasileiros, expondo informações privadas como nome, CPF, e-mail e data de nascimento. Já em novembro do ano passado, os sistemas do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e do Ministério da Saúde ficaram fora do ar graças a um ataque hacker.
Não dá para negar que o problema existe e que os nossos dados correm perigo. Mas por que essa questão não é solucionada e fica cada vez mais evidente?
A fonte do problema
Na área de gestão de dados, o problema que o Brasil enfrenta está associado a duas frentes que são fontes de várias outras questões por aqui: a falta de conhecimento das autoridades e a falta de consciência da população sobre a importância do assunto.
Cada instituição possui sua própria equipe de segurança da informação e, por conta disso, é muito difícil padronizarmos o ambiente de TI. Além disso, os processos e políticas de proteção que existem e deveriam ser seguidos à risca acabam aparecendo como protocolos que ficam fixos nas paredes, mas não são efetivamente cumpridos.
E aqui chegamos em um ponto que você provavelmente já sabe: segurança cibernética custa caro. Além da aquisição de tecnologias para coibir ataques valer muito dinheiro, sua implementação é complexa e requer uma equipe bem treinada. Com isso, a prevenção se torna uma dificuldade.
Posso ser um alvo de ataque hacker?
Os hackers normalmente miram em dois tipos de públicos: o usuário final, de quem pode roubar dados bancários, e grandes instituições que possuem robustos bancos de dados que podem servir como moeda de troca.
Se você se pergunta porque os bancos de dados são um dos principais alvos, a gente explica. Nas mãos certas, algumas informações podem ser extremamente valiosas. Então, o hacker rouba nome, telefone e score de crédito de um grupo de pessoas para vender para uma grande loja que poderá utilizá-las como mailing, por exemplo.
Como se proteger
Embora custosa em vários sentidos, não tem jeito: a melhor forma de proteger você ou a sua empresa de ataques cibernéticos é investir em uma política de segurança forte e bem estruturada.
É importante manter os softwares utilizados atualizados porque, sempre que o desenvolvedor encontra uma brecha em uma versão, ele trabalha para corrigir o problema e consequentemente evitar situações de vazamento de dados.
Na sua checklist de proteção contra hackers, não esqueça de adicionar: desenvolvimento de regras para a criação de senhas, atualização periódica de softwares, uso de antivírus e criação de um cronograma para backup.